Experienciando consciência, coragem e amor na relação terapêutica e na vida diária

A Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) é uma abordagem clínica relacional e comportamental, proposta na década de 1980 pelos psicólogos norte-americanos Mavis Tsai e Robert Kohlenberg. É baseada na Ciência Comportamental Contextual e na Ciência da Conexão Social.

Nela o relação terapêutica é mecanismo central de cura e transformação do cliente. E tanto terapeuta quanto clientes são incentivados a assumir riscos e a crescer.

Por uma perspectiva behaviorista, é implementada através do modelo das 5 Regras (observar, evocar, reforçar, verificar efeitos das intervenções e promover generalização).

Por uma perpsectiva comportamental contextual, Consciência, Coragem e Amor (ACL – Awareness, Courage and Love), definidos comportamentalmente, são ferramentas clínicas essenciais e objetivos terapêuticos.

• Consciência envolve prestar atenção a si mesmo, na sua experiência no momento presente, bem como em seus valores e objetivos de longo prazo. Especialmente para notar oportunidades de se envolver em comportamentos corajosos ou amorosos.

• Coragem envolve mover-se em direção a outra pessoa apesar da vulnerabilidade ou aversão potencial seja através auto-revelação ou ao fazer solicitações.

• O amor envolve responder aos atos de vulnerabilidade, ou coragem, dos outros de maneira responsiva, receptiva e empática.

Seja através do Modelo das 5 Regras ou do Modelo ACL, assim como em Mindfulness, awareness faz parte do currículo.

Focar na atenção plena (Mindfulness) pode aumentar significativamente a capacidade de um terapeuta de se conectar com os clientes, percebendo dicas sutis. E isso é essencial na FAP.

Ficar em sintonia consigo mesmo (corpo, emoções e pensamentos) ajuda os terapeutas a:

  • Criarem um ambiente terapêutico mais empático e responsivo.
  • Sentirem melhor o que o cliente está sentindo, indo além das palavras que estão usando
  • Entender a história dos seus clientes por meio da ressonância empática.

A estrutura do FAP permite que os terapeutas, independentemente da sua orientação teórica, criem alianças terapêuticas mais poderosas.

O Modelo ACL possibilitou, também, que a FAP fosse além do consultório encorajando o engajamento em interações interpessoais conectadas e reforçadoras e assim nasceu o Projeto Global Viva com Consciência, Coragem e Amor (Projeto Global ACL).